Gilda Lopes was like a bird that soared through Brazilian skies in 1962, singing a French song in Portuguese about a lonesome troubador who lived in old Toledo in Spain. Gilda was stunningly attractive and had a soaring soprano voice that resembled that of Peruvian legend Yma Sumac.
Gilda Lopes went to # 1 in the charts with 'O trovador de Toledo'. Odeon soon released a whole album by her in which there was a magnificent rendition of 'A hora do amor', an adaptation of Léo Delibes' 1874's 'Les filles du Cadiz'.
Gilda won all the possible musical accolades for 1962, and everything seemed to go her way. She had big plans to make a detour into Bossa-Nova for the foreign market and maybe become a movie star too for she had all the required looks. Fate, unfortunately, was brutal with Gilda.
Gilda had previously lived in Italy and had a son who was 9 years old and lived with Gilda's mother in Porto Alegre-RS in southern Brazil. As Gilda had a full-on year she was tired of travelling and thought she'd have her son Jean and her mother come to São Paulo in December 1962, so they could spend the Xmas holidays together. So it was arranged for Jean and his grand-mother to take a bus in Porto Alegre and drive all the 850 km to São Paulo. Gilda was against flying due to some recent air-crash. When Gilda's mother and son were in the last third of their trip, they had just left Curitiba-PR, 340 km short of their goal, there was a terrible accident with the bus in which they were in. Jean lost his left arm and was between life and death for a time. Jean eventually recovered from the horrific accident but Gilda never quite recovered from the mental pain. She blamed herself for the tragedy.
Gilda still recorded 'Similau' for Odeon which was a moderate hit.. and after that Gilda sort of 'disappeared' from the media. No one knew whatever happened to Gilda Lopes, the meteor that burned so brightly in the Brazilian skies for a few months in 1962. Some said she had migrated to the USA, others said she had gone back to Europe. Up today no one actually told whatever happened to Gilda.
Gilda Lopes actually died in July 2009. We know that because her son Jean Bayard Schneider wrote a note in his Facebook page. But we don't know any details of how she died and most importantly how she lived from 1963 until the end.
GILDA LOPES faleceu em Julho de 2009
Só hoje, 3 de Novembro de 2012, é que fiquei sabendo da triste notícia, lendo uma postagem no YouTube, escrita por seu filho Jean Bayard do início de 2012:
Caros fãs de minha mãe querida, inesquecível e de abençoada memoria Gilda Lopes - nome oficial Guiomar Schneider. Infelizmente ela faleceu em julho de 2009. Sou Jean Bayard Elam Schneider, seu único filho do casamento com Eliezer Schneider. Eu, a minha esposa e nossos três filhos e duas netinhas somos imensamente gratos a todos seus fãs, por eternizarem a voz, o sorriso e a beleza através da divulgação de seus sucessos musicais e entrevistas postadas na internet. Obrigado, Jean Bayard.
covers of 'Revista do Radio' & 'Manchete'
GILDA LOPES
Guiomar Schneider nasceu em 17 Junho 1937 em Porto Alegre.
Trabalhava na embaixada brasileira em Roma nos anos 50, quando foi convidada para um programa em homenagem ao Brasil na Radio Roma, onde interpretou 'Lamento de escravo', de sua autoria. No dia seguinte recebeu convites da RCA Italiana e da Fonit-Cetra para gravar. Apareceu em programas de TV como 'Musichieri' e 'Noi Loro', e no radio em '24a. Hora' e 'Musicale', além de se apresentar em night-clubs como Open Gate e Kit Kat.
Foi figurante no famoso 'Dolce Vita' de Federico Fellini e outros filmes menos famosos. Apareceu em reportagens em revistas como 'Settimana' e 'Il Tempo'. Mesmo com sucesso na Italia, resolveu retornar ao Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em Maio de 1959.
Suas primeiras gravações foram feitas em 1960, pela gravadora Continental, quando registrou os boleros 'Lola', de R. Adler, J. Rosa e João Roberto Kelly, e 'Delirio', parceria da própria Gilda com João Roberto Kelly.
Em 1962, contratada pela Odeon, 'estourou' com 'Trovador de Toledo', musica francesa de Giraud & Drejec sobre um misterioso habitante de um castelo de Extremadura, na Espanha, em versão de Romeu Nunes. Apareceu em praticamente todas as capas de revistas do país. No final do ano de 1962 uma tragédia aconteceu em sua vida: seu filho Jean, de 9 anos de idade sofreu um grave acidente nos arredores de Curitiba-PR, quando se deslocava de Porto Alegre à São Paulo, justamente para visitar a mãe, que não podia ir ao Rio Grande do Sul devido aos muitos compromissos. Jean ficou entre a vida e a morte, e acabou perdendo um dos braços. Gilda entrou em grande depressão, que finalmente acabou com sua vitoriosa carreira canora, que tinha começado com o canto lírico ainda menina.
Gilda Lopes sumiu do notíciário. Uns diziam que ela tinha se mudado para os Estados Unidos, mas nunca foi provado nada sobre seu paradeiro.
Gilda Lopes' biggest hit 'O trovador de Toledo' single sleeve.
Gilda Lopes only album.
Article in 'O Cruzeiro' about GILDA LOPES who would be successful two years later.
Em 1950, um dos maiores brotos que já circularam pela famosa Rua da Praia, Gilda Lopes, quis ser Rainha dos Estudantes Gaúchos. Foi. E êles ficaram tão entusiasmados que quiseram, por sua vez, que ela fôsse “Miss” Pôrto Alegre nesse ano. Gilda tinha, porém, 15 anos e, pelo regulamento, não poderia tirar o primeiro lugar. Conquistou um mais do que honroso 2.º pôsto.
Alguns anos mais tarde, Gilda quis ir à Itália. Foi. Ganhou uma média de 3 serenatas por cidade que visitou. Desde menina adorava música - cantar e compor. Convidada, um dia, para participar de um programa da Rádio Roma, em homenagem ao Brasil, cantou “Lamento de Escravo”, de sua autoria. No dia seguinte recebeu, pelo telefone, duas propostas para gravar, uma da RCA, outra da Fonit. Cantou depois na Tv (Musichieri, Noi Loro), rádio (24.ª hora, Musicale), “boites” (Open Gate, Kit Kat), fêz cinema (uma co-produção ítalo-americana com Mamie Van Doren). Em pouco tempo era notícia na Itália, saindo sôbre ela reportagens “Settimana”, “Il Tempo” etc. Mas ela queria vencer era no Brasil. E em maio de 59 desembarcava no Rio.
Quis gravar, então, um disco que acaba, aliás, de ser lançado: “Lola” (versão) & “Delírio” (de sua autoria e Roberto Kelly). Quer sair agora para um LP, o que vai ser feito. (A voz de Gilda alcança 4 oitavas).
Como a Lola de seu disco, tudo que Gilda quer, Gilda tem. Estudou piano e ballet dos 5 aos 14 anos. Leu (principalmente os inglêses) James Hilton, Somerset Maugham, Aldous Huxley e Bernard Shaw. Adora Beethoven, Bach e Chopin. É janista e ferrarista. Compõe depois da meia-noite. Usa “Fleur de Rocaille”. Não sossega enquanto não resolver o seguinte problema: “Por que nascemos?”. Estudou sapateado e castanholas. Tem dois pássaros em casa: um canário e um cardeal. Está fazendo, para seu próprio govêrno, uma análise científica do espiritismo. Pretende, um dia, fazer o curso de Medicina. Até hoje, realmente, conseguiu tudo o que quis. O que não significa, contudo, que sua capacidade de querer já esteja esgotada e que não haja mais “chance” para um de todos nós se tornar, um dia, uma das metas a ser atingida por Gilda “Lola” Lopes.
'Correio da Manhã' 8 March 1960; Gilda Lopes had been on the cover of 'Manchete'; everything was ready for her to become a star but somehow it did not happen. Gilda had to wait for another 2 years until she recorded the right song to become a 'new sensation' in September 1962.
Gilda Lopes na revista 'Radiolândia' 12 Março 1960.
Gilda na revista 'Melodias'.
|
Revista do Radio, 7 Setembro 1963; Fatos & Fotos 13 Abril 1963.
Gilda Lopes na revista Radiolândia - 1963.
No comments:
Post a Comment